Hoje escrevemos em poesia a partir de um poema de Eugénio de Andrade "Frutos".
Eis o original.
Pêssegos, peras, laranjas, morangos, cerejas, figos, maçãs, melão, melancia, ó música de meus sentidos, pura delícia da língua; deixai-me agora falar do fruto que me fascina, pelo sabor, pela cor, pelo aroma das sílabas: tangerina, tangerina.
Este ano decidimos aderir de novo à Onda Rosa, da Liga Portuguesa contra o cancro.
Uma iniciativa que se desenrola de 15 a 30 de outubro e que tem como objetivo a sensibilização e alerta para a deteção precoce do cancro
da mama.
Hoje convidamos pais e alunos para, de mãos dadas, construirem um cordão humano. Afixamos os laços rosa, colocando ao peito um
pequeno laço e analisamos algumas informações importantes sobre a doença. Porque é importante fazer passar a mensagem: o cancro tem
cura, se detetado precocemente.
A luta contra esta doença começa pela prevenção e diagnóstico precoce: aproximadamente 85% das mulheres que tiveram cancro da mama encontram-se bem cinco anos após a doença.
Existem mudanças ao nível do estilo de vida que permitem reduzir o risco de vir a ter esta doença.
As pesquisas têm comprovado que a ingestão de bebidas alcoólicas (de qualquer tipo) aumenta o risco de cancro da mama.
Ser ativo fisicamente vai ajudar a manter o peso ideal (e, deste modo, evitar o excesso de peso e a obesidade que são fatores de risco para o cancro da mama).
A partir dos 20 anos, todas as mulheres devem realizar o autoexame da mama mensalmente, depois da menstruação.
Sinais de alerta
· nódulo ou endurecimento na mama ou na axila; · modificação no tamanho ou formato da mama; · alteração da coloração ou sensibilidade da pele da mama ou da aréola; · retração da pele da mama/mamilo; · corrimento mamilar.
A partir dos 20/30 anos, todas as mulheres devem fazer a avaliação clínica da mama.
A primeira mamografia deve ser realizada cerca dos 35 anos e a segunda a partir desta idade, de 18 em 18 meses, até à menopausa. Após a menopausa, deve ser feita de 24 em 24 meses.
O cancro da mama também pode atingir os homens, embora raramente (cerca de 1% dos casos de cancro da mama em Portugal ocorrem no sexo masculino).
É importante falar do cancro da mama porque é o cancro mais comum na mulher portuguesa afetando a pessoa diagnosticada, mas também a sua família e amigos.
A taxa de sobrevivência tem aumentado, contudo ainda morrem cerca de 1.500 mulheres por ano com a doença.
A adoção de estilos de vida saudáveis (alimentação saudável, prática de exercício Físico), são fatores protetor do cancro da mama.
A prevenção secundária salva vidas e é importante continuar a sensibilizar para a adesão ao rastreio do cancro da mama.
Desconhecem-se as causas do cancro da mama. Se tem familiares diretos que tenham tido cancro da mama, deve consultar o médico.
A ausência ou presença de dor na mama não tem relação direta com a existência de cancro. O cancro é uma doença silenciosa.
Esteja atenta(o) aos fatores de risco, como a idade, a história familiar, alterações na mama, inatividade física, obesidade, consumo de álcool e tabaco.
O cancro da mama é o tipo de cancro mais comum entre as mulheres, estimando-se que, em Portugal, 1 em cada 11 mulheres irá ter cancro da mama ao longo da sua vida.
Anualmente são detetados cerca de 6 000 novos casos de cancro da mama, mas cada vez há mais casos de sucesso, graças à deteção precoce e à melhoria de tratamentos.
A deteção precoce permite um tratamento menos agressivo e mais eficaz.