A Poesia saiu às ruas de Guimarães na manhã desta sexta-feira.
Um forma de assinalar o Dia do Livro, o Dia da Liberdade e o aniversário de Raúl Brandão.
Foram vários os espaços do centro histórico onde os alunos do primeiro ciclo estiveram, mostrando poemas próprios ou de autores consagrados.
Nós, estivemos no Paço dos Duques, onde, juntamente com o quarto ano, declamamos para vários grupos de turistas (de diversas nacionalidades), quer no exterior, quer nos
claustros do Paço. Fomos acompanhados pelo som da flauta transversal de uma aluna do Agrupamento.
Uma forma de mostrar o que se faz na escola e de ganhar gosto pela produção poética.
Recordamos o poema que declamamos e que foi feito inteiramente por nós, usando os temas do livro e da liberdade.
A nossa pequena horta de aromáticas cresce a cada dia.
Hoje, com a ajuda do pai Fernando, pai do Rodrigo, estivemos a enriquecê-la.
Começamos por falar de compostagem e do aproveitamento que, com a ajuda das minhocas, se pode fazer de restos de fruta e vegetais, borras de café, folhas de árvore...daqui
surge alimento biológico para as plantas.
Depois, metemos as mãos na terra e cavamos, semeamos, plantamos e regamos morangueiros, tomateiros, orégãos, uma figueira e maracujás.
Agora, tomaremos conta das novas plantas, arrancando as ervas daninhas, regando e embelezando o espaço, com a pintura dos pneus que fazem a sebe e com a colocação de
um espantalho que espante os pardais.
Mas, pensaremos também nos pardalitos e iremos construir pequenas casinhas que colocaremos nas nossas árvores.
Estamos a por a nossa escola mais bonita e a cuidar do ambiente.
Numa altura em que estamos a falar de seres vivos e seres não vivos, na disciplina de Estudo do Meio, nada melhor que o trabalho de campo para ver "in vivo", as características
dos seres vivos.
Já sabemos que seres vivo são os que nascem, crescem, se reproduzem e morrem.
Na natureza vimos como isso acontece.
No caso do pinheiro, uma planta, logo um ser vivo, ficamos a saber que se reproduz a partir de pinhões, que estão dentro das pinhas.
As árvores reproduzem-se com a ajuda do vento, que transporta as sementes que depois germinarão, dando origem a outras plantas.
No caso das flores, o pólen é a origem de novas plantas. Para ajudar a flor, está o vento, os pássaros e os insetos que transportam esse pólen para uma outra flor.
Os pássaros ajudam as plantas na reprodução. Eles também são seres vivos, que se reproduzem através de ovos.
No meio das ervas, também seres vivos, vimos outros seres mais pequenos, os insetos, como as formigas e as aranhas, que se mostraram envergonhados e não quiseram
aparecer na fotografia.
Em plena primavera, os seres vivos estão no auge do seu crescimento e reprodução.
Aqui está uma árvore com os seus filhinhos.
As árvores são também o local para outros seres se desenvolverem, por exemplo os liquenes, que se alimentam através da casca das árvores.
Aprendemos ainda que os seres vivos (animais ou plantas) podem viver na água, na terra (até nas rochas) ou no ar.
Encontramos coisas que não têm vida como pedras ou paus(estes já foram partes de um ser vivo, mas deixaram de ter as suas características a partir do momento em que
foram cortados).
E nós, seres vivos com inteligência, brincamos a imitar outros seres vivos, sobretudo animais. Porque a brincar também se aprende.
Um dia depois de se comemorar o Dia Mundial do Livro e antes da comemoração do Dia da Liberdade, juntamos as duas datas, que de alguma forma podem ser
relacionadas.
Relativamente ao Dia do Livro, conhecemos a Lenda de S. Jorge, que deu origem a uma tradição catalã. Diz a lenda que um dragão atormentava um reino.
Depois de ter comido todos os animais, preparava-se para sacrificar a princesa, quando um valente cavaleiro, S. Jorge, o enfrenta e o mata. Assim que lhe
espeta a sua lança, o que jorra do malvado dragão são rosas vermelhas e não sangue.
Ora, são estas rosas vermelhas que, em Barcelona, os amados oferecem às namoradas, no dia de S. Jorge. Estas, em troca, oferecem livros.
O dia 23 é dedicado a comemorar a leitura, por nesta data se assinalar a morte de dois grandes escritores mundiais: Shakespeare e Cervantes.
Quanto ao 25 de abril, assinala a revolução que trouxe a liberdade ao país. Liberdade a vários níveis.
Por isso, juntamos os dois temas e escrevemos um poema, que iremos declamar no Paço dos Duques de Bragança, na próxima sexta-feira, dia em que a
Poesia sai à Rua. Chama-se "Liberdade".
"É primavera
Tempo de liberdade
Livre, a abelha que faz o mel
Livre, a borboleta a esvoaçar
Livre, a flor a crescer no campo
Livre, o passarinho a voar no ar
Livre, a criança na rua a brincar
Livres, as pessoas de falar
Livres, para pensar
Livres, para sem medo viver
E para ABRIL festejar
Cravos na mão erguer
Vermelhos de sangue a brilhar
Livre, como o livro
Livro mágico
Livro, que faz viajar
Livro, que faz imaginar
Livro, que faz sonhar
Livro,que faz rir
Livro,que faz chorar
Livro, que faz aprender
Livro, que é meu amigo
E anda sempre comigo
Viva! Viva!
É primavera
Tempo de liberdade!
E porque a mensagem da leitura deve passar a todos, transformamos essa mensagem em marcadores de livros que ofereceremos aos nossos pais.
Ao longo deste período desenvolveremos, em articulação com as professoras estagiárias que conosco trabalham, um projeto que abordará as quatro estações e
tudo o que as envolve.
E, porque estamos na primavera, e porque é importante trabalhar a coordenação motora, a concentração e a postura, a partir de hoje as nossas aulas começarão
com atividades nesta área.
Hoje fomos árvores que despontavam do chão e cresciam frondosas, beijadas pelos raios de sol.